Bob Mould | pt

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Pra quem não conhece, Bob Mould era o líder de uma das melhores bandas dos anos 80, o Hüsker Dü. Embora o nome seja de origem dinamarquesa (em português "você se lembra?"), a banda nasceu em Minneapolis, da união de Mould com baixista Greg Norton e o baterista Grant Hart, que também compunha e fazia a voz principal em suas canções.
Se ter um baterista cantando e tocando ao mesmo tempo já era algo foda o suficiente, Bob Mould tinha uma voz e estilo marcantes, que definiram, junto com o R.E.M., a cena independente nos Estados Unidos dos anos oitenta. Curiosamente, ambos assinaram com a gigante Warner, lançando trabalhos que influenciaram o mundo inteiro.
Em 1986, o Hüsker Dü pariu Candy Apple Grey, que embora começasse com a pauladíssima "Crystal", já mostrava claramente o que canções como "Flip Your Wig" vinham antecipando timidamente. O Hüsker Dü tornou-se inacreditavelmente pop, mas com culhões.
Mas durou pouco. O lançamento do mais do que indispensável Warehouse: Songs & Stories também marcou o fim da banda, fruto das intermináveis brigas entre Mould e Hart, além do suicídio do empresário da banda pouco tempo antes do início da turnê. Imagino que se a banda continuasse, estaria num nível evolutivo semelhante ao R.E.M..
Depois do fim, Mould montou o Sugar e fez bonito no começo dos anos 90, embora ficasse clara a falta da versatilidade de Hart. E toda a sua carreira solo desde então apresentou uma série de trabalhos irregulares, como este atual que estou ouvindo agora. É bom, mas ainda a sensação é a de que Mould ainda está perdindo, tentando encontrar a fórmula que lhe serviu para definir toda uma época. District Line é uma coleção de canções bacanas, mas que não conseguem funcionar como conjunto, o que faz com que percam a força, e conseqüentemente, tornem-se esquecíveis. .

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